Factos de Portugal - A tragédia de Campo Maior

Estávamos no final do dia 15 de Setembro de 1732, em Campo Maior as pessoas estavam a viver em paz depois de anos de guerra por causa da proximidade da fronteira, os habitantes preparavam para ir dormir, o céu estava com nuvens carregadas mas sem chuva e uma temperatura quente e ao longe estava a trovejar.

Durante a madrugada do dia 16 a trovoada chegou a Campo Maior, devido à proximidade de Espanha, o paiol das armas que se localizava na Torre de Menagem do Castelo, estava com 84 quilos de pólvora, cerca de 8300 granadas e 711 bombas, às três da manhã um raio atinge o paiol causando uma enorme explosão.

A população de Campo Maior acorda assustada pelo estrondo, nas proximidades do castelo as casas começaram a arder, devido à proximidade das casas e à madeira que as casas possuía, o fogo alastrava-se rapidamente, as pessoas que conseguiam fugir de casa começaram a tentar apagar os incêndios, mas os incêndios estavam espalhados e a população estava sem meios para combater, as pessoas começaram a salvar as pessoas de casas que ainda não tinham sido atingidos pelos incêndio.

As pessoas feridas eram levados para o hospital e para a misericórdia, apesar destes dois edifícios terem sido atingidos pelos destroços aceitavam os feridos.

As pessoas de Arronches e de Albuquerque em Espanha sentiram o abalo da explosão mas as pessoas desconheciam a origem do abalo, esses dois locais ficavam a mais de 20 quilômetros de distância.

Depois dos incêndios, cerca dois terços de casas estavam destruídas, o rei mandou o cirurgião Real e remédios para a curar os feridos, no final acabaram morrer cerca de 800 pessoas.

Posteriormente, o rei ordenou a reconstrução do castelo e lentamente as casas de Campo Maior foi reconstruídas, com ajuda dinheiro doado por Elvas e Olivença, foi reconstruído um novo hospital e foi aliviado os impostos.

As ossadas das pessoas que morreram na explosão estão expostas na Capela dos Ossos de Campo Maior.