M87 Casos de Polícia - João Brandão, O Terror das Beiras


Nos meados do século XIX, surgiu na beira interior um homem que espalhou o terror na região das Beiras com assaltos, que se tratava de João Brandão, conhecido como O Terror das Beiras.
A vida de criminoso de João Brandão, residente em Midões, em Tábua, começou quando entrou na quadrilha do pai, que era líder desse grupo criminoso, o objetivo dele era batalhar contra outros grupos criminosos que aterrorizava as Beiras, aos 12 anos, ao treinar a pontaria, matou acidentalmente um pastor.
Aos 20 anos, João Brandão combateu na Guerra da Patuleia, uma batalha entre Liberais e Absolutistas, João Brandão combateu pelo lado dos Liberais, sendo nomeado como Capitão da primeira companhia do batalhão ao norte do Mondego, com o posto, João Brandão começou a abusar do seu poder, cometendo atos criminosos.


Um dos casos foi o caso do Ferreiro da Candosa, neste caso João Brandão recebeu a ordem por parte do reino de prender o alvo, João Brandão e a sua equipa da companhia foi à localização do Ferreiro da Candosa e em vez de o prender, João Brandão o matou, o mais cruel é que João Brandão ordenou os seus homens que todos disparassem contra o alvo.
Aproveitando o seu posto, João Brandão usou os seus homens para combater grupo criminosos rivais, entre eles o grupo liderado por Caca, na derradeira batalha com este grupo, visto que estava em desvantagem, Caca e seu grupo fugiram para uma casa, no interior os elementos do grupo começaram a atirar sobre o grupo de João Brandão, e estes ripostaram, Caca e seu grupo tentavam defender-se, alguns elementos do grupo de João Brandão começaram a incendiar a casa, o grupo de Caca ao ver que não tinham hipóteses continuaram a disparar contra o grupo de João Brandão até morrerem queimados, no lado do grupo de João Brandão morreram 7 pessoas.


Depois disso, João Brandão mudou de vida, casando e virando fidalgo, mas havia pessoas que sabiam do passado dele, principalmente homens ricos que o queriam mal.
Doze anos se passaram, João Brandão tinha abandonado a vida de criminoso, certo dia na Várzea da Candosa, três bandidos arrobam a porta de uma casa onde dormia um padre de Aveiro, pedindo o dinheiro do padre, um deles vai à roupa do padre, pega na chave da cómoda, tiram do interior um saco com libras, o padre ergueu-se na cama para ir buscar o dinheiro, os bandidos com medo que ele reagir, os bandidos atiram no padre, aquela casa costumava estar protegidas por cães ferozes, mas nesse dia os cães estavam presos, por coincidência a dona daquela casa era amante de João Brandão, os ricos começaram a acusar João Brandão.
Um mês depois João Brandão é preso, no julgamento João Brandão afirmou que nesse dia estava em Avô, apresentando pessoas que estiveram com ele e que nunca roubou ninguém e se na altura da vida de criminoso se algum elemento do seu grupo praticasse um roubo, esse elemento era expulso, mas descuidou-se ao dizer como matou o Ferreiro da Candosa.
João Brandão foi condenado sem provas pelo crime de roubo, num julgamento estranho.
Em 1870, foi exilado para angola onde acabou por morreu dez anos depois.


Para mim a justiça portuguesa arranjou um crime para acusar João Brandão, para se vingarem de João Brandão, por causa do abuso de poder.
Mais uma prova que foi tudo arranjado para acusar João Brandão era que para as pessoas de Tábua, ele é considerado um herói tendo ruas e uma biblioteca com o seu nome.

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