M87 Casos de Polícia - Alves dos Reis, o maior burlão de Portugal parte 1




Artur Alves dos Reis, nasceu em 1896 numa família modesta de Lisboa, o pai era cangalheiro e a mãe era doméstica, o desejo do pai era que Alves dos Reis assumisse o negócio da funerária, mas o filho tinha outras ambições, que era ser milionário.
Aos 18 anos quis estudar engenharia, Alves dos Reis começou a frequentar festas de ricos, dizendo que era um futuro engenheiro em várias áreas, numa dessas festas conheceu uma mulher que viria a ser sua esposa.
Em 1916, Alves dos Reis abandonou o curso para se casar com a filha de uma família abastada e ao mesmo tempo tinha o objetivo evitar que fosse enviado para a primeira guerra mundial.
Nesse mesmo ano, a funerária do pai de Alves dos Reis faliu, e para não ser humilhado pela família da esposa, ele decidiu emigrar para Angola, para viajar e arranjar um emprego melhor, Alves dos Reis fez o seu primeiro crime, que foi falsificar um diploma de Oxford, dizendo que tinha estudos de ciência em várias áreas, entre elas engenharia civil, eletrônica e mecânica e que tinha sido tirado numa escola politécnica que nunca tinha existiu, a cópia foi muito bem feita que as pessoas acreditaram no diploma.


Em Angola, Alves dos Reis comprou a maioria das ações de uma companhia de caminhos de ferro com um cheque sem cobertura, com esse esquema se torna um homem rico e não necessitava de trabalhar para ganhar dinheiro, mas a ambição dele não tinha fim e queria mais.
Em 1922, Alves dos Reis regressa a Portugal criando uma empresa e depois comprou uma empresa de revenda de automóveis americanos.
Depois disso, Alves dos Reis tentou comprar a companhia Ambaca, uma empresa de caminhos de ferro de Angola, que nessa época se encontrava com problemas financeiros, o burlão passou cheques sem cobertura para a companhia, Alves dos Reis tinha conta num banco em Nova Iorque, enquanto os cheques viajavam, ele transferia o dinheiro para a sua conta, chegando aos cem mil dólares, com o dinheiro restante Alves dos Reis, comprou uma companhia mineira de Angola, mas durante esta compra a burla foi descoberta e em Julho 1924, Alves dos Reis foi detido, pela burla e também acusado por tráfico de armas.


Em julgamento, Alves dos Reis foi condenado pela emissão de um cheque sem cobertura mas absolvido das acusações de desvios de fundos e do tráfico de armas.
Nos 54 dias que esteve na prisão, arquitetou o plano mais ousado e que iria tornar famoso, que era a falsificação de Notas.

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