Factos de Portugal - O cerco do Porto


Com a morte de D. João VI, o trono era destinado para D. Pedro IV, mas ele abdicou do trono porque estava focado no Brasil, com a abdicação o trono seria para D. Maria II, que na altura só tinha 7 anos de idade.
Então D. Pedro IV, mandou tirar D. Miguel do exílio político e nomeia-o como regente do reino de Portugal.
Nessa altura os portugueses estavam divididos, uma parte dos portugueses defendia o partido liberal uma nova ideologia que estava a ocorrer na europa, outra parte dos portugueses defendiam o absolutismo, o poder que nasceu após o renascimento e que o rei tinha todos os direitos sobre as leis.
D. Pedro aprovou a carta constitucional de 1826, no qual tentou reconciliar absolutistas e liberais, dando cargos políticos as duas frações.
Mas a maioria dos absolutistas não viram com bons olhos dividirem o poder político com os liberais e viam D. Miguel como legitimo herdeiro.
Em 1828, D. Miguel regressou a Portugal para assumir a regência, mas o partido absolutista nomeou-o imediatamente como Rei de Portugal e convocou as cortes para coroar como Rei de Portugal e não regente, tornando-se o rei D. Miguel I.
Em 1831, Portugal estava a enfrentar uma grande crise, os liberais descontentes começaram a provocar pequenas batalhas contra os absolutistas por vários pontos de Portugal.


Em Julho de 1832, D. Pedro IV decidiu voltar a Portugal para enfrentar o irmão, composta por 60 navios, com cerca de 8300 homens chegaram à costa portuguesa mais precisamente na Praia da Memória a norte da Cidade do Porto, esse desembarque ficou conhecido com Desembarque de Mindelo.
No início, desembarcaram cerca de 7500, compostos por liberais, mercenários e auxiliares estrangeiros, que representavam mais de 80 por cento das tropas.
As forças liberais atacaram alguns membros das forças absolutistas que se encontravam nas redondezas das cidade do Porto, depois disso as forças liberais ocuparam a zona do Porto, obrigando as forças absolutistas a fugirem para Oliveira de Azeméis.
Alguns dias depois ocorreu um novo combate em Grijó, que obrigou as forças Liberais a recuarem para a Serra do Pilar.
Noutro ponto da cidade do Porto, as forças absolutistas se aproximavam, começando o Cerco do Porto.
Em Setembro, as forças absolutistas atacaram a Serra do Pilar que foi defendida bravamente pelos liberais, no dia seguinte os absolutistas começaram a bombardear a cidade.
Alguns dias depois do início dos bombardeamentos as forças absolutistas atacam as forças liberais noutro ponto da cidade, depois de uma dura batalha as forças absolutistas retiram-se, reconhecendo a impossibilidade de esmagar a cidade.
Em Novembro D. Miguel estabelece o quartel general em Braga, uma cidade absolutista.
Entretanto no Porto as forças liberais enfrentavam a cólera e o tifo.
Para além das doenças, as forças liberais eram afetados pela a ausência de alimentos, as forças absolutistas ao saber que isso mais tarde ou mais cedo iria acontece, decidiram lançar um novo bombardeamento contra a cidade, com o objetivo de desmoralizar as forças liberais, esse bombardeamento durou um dia, mas os portuenses e os liberais estavam determinados em resistir.
Em Fevereiro as forças absolutistas continuam a atacar e a bombardear a cidade do Porto, alguns liberais estavam a colocar a hipótese de se render devido à situação que a cidade estava a passa mas o Marechal Saldanha se opôs.
Em Abril os liberais e os absolutistas entram num confronto violento, os liberais apoderaram-se do reduto do Covelo, os absolutistas ficaram desmoralizados e começaram a desertar em quantidade.

Passado algum tempo, depois de várias derrotas, as forças absolutistas que estavam desesperados lançaram o ataque mais violento do cerco, como resposta as forças liberais contra-atacaram e venceram as forças absolutistas, ao ver esta derrota D. Miguel ficou irritado, porque pensava que seria uma vitória estrondosa e retirou-se, no dia seguinte D. Pedro partiu para a Lisboa.
Alguns dias depois D. Miguel e as forças absolutistas que restavam na zona do Porto partiram para sul ao encontro das forças liberais para mais um embate que deu a vitória aos liberais e essa vitória ditou o fim do Cerco do Porto.
A cidade do Porto estava destruída e praticamente em ruínas, e os liberais começaram a reconstruir a cidade,

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