Factos de Portugal - A Guerra Civil de Alares



Alares era uma aldeia situada em Monforte da Beira, concelho de Castelo Branco que por causa de uma guerra civil foi destruída e abandonada.
Para conhecermos as causas da guerra temos de recuar ao ano de 1865 quando o Visconde Morão um foragido politico foi acolhido pelo povo de uma pequena aldeia, passado algum tempo o Visconde notou que as casas dessa pequena aldeia e de duas aldeias vizinhas não tinha título de propriedade nem aluguer da terra, o visconde apoderou-se das terras, criando a aldeia de Alares, os habitantes aceitaram o que o visconde estava a fazer e começaram a pagar o foro anual.
Nos finais século XIX o Visconde morre e a aldeia passou para o seu filho que continuou a receber o foro anual dos habitantes.



Mas no ano de 1920 o filho do Visconde morreu, e as terras passou para quatro netos do Visconde que comunicou aos habitantes que eles tinham de sair do local de imediato, o povo recorreram à justiça do Governador Civil de Castelo Branco.
Com medo de descobrirem a  ilegítima apropriação da aldeia um dos herdeiros decidiu vender a sua parte da aldeia aos habitantes.
Os habitantes da aldeia deixaram de pagar a renda aos outros netos que para se vingarem dos habitantes de Alares, venderam as terras a 605 habitantes de Rosmaninhal, uma aldeia vizinha.
No dia 6 de Outubro de 1923 concretizaram o ato da escritura da terra, e no dia seguinte habitantes de Rosmaninhal invadiram Alares destruindo os celeiros, as culturas e os materiais agrícolas, os atos de vandalismos por parte dos habitantes de Rosmaninhal continuaram e foi se tornar pior ao longo de vários meses chegando a ameaçar de morte homens, mulheres e crianças.


Em Setembro de 1924 o Governador Civil teve de intervir para repor a ordem, porque os desordeiros habitantes de Rosmaninhal ameaçava uma crueldade maior.
Em 1930 os habitantes das terras do visconde tiveram de mudar para outras aldeias próximas.
Depois disso Alares foi abandonada e nos dias de hoje se encontra em ruinas.

Comentários