Factos de Portugal - O Massacre de Colmeal


Colmeal foi uma aldeia que esteve abandonada durante muitos anos e atualmente foi construído um alojamento turístico, mas poucas pessoas sabem a razão de ela ter sido abandonada.
No início do século XX a Colmeal era uma pequena aldeia que pertencia ao condes de Belmonte, que por sua vez subarrendava a um feitor que recebia uma pequena renda dos moradores da aldeia.
Ainda nessa época o terreno da aldeia foi vendida para uma nova proprietária.
Em 1912 essa proprietária fez uma escritura afirmando que o feitor não pagava a renda à quatro anos.


Nos anos 30 o novo feitor afirmou que poderia haver uma desgraça na aldeia porque os moradores das casas, que eram agricultores, já não tinham direito às casas, mas mesmo assim os moradores continuavam a pagar renda, ficando cada vez mais endividados, chegando muitas vezes a passar fome.
Nos anos 50 as terras passaram para Rosa Cunha e Silva a nova herdeira das terras, que afirmou que os habitantes da aldeia recusavam-se apagar a renda e os foros, movendo um processo judicial contra a comunidade.



No dia 8 de Julho de 1958, 28 oficiais da GNR entraram na aldeia armados e com um mandato de despejo para todos as famílias, mas as famílias resistem aos mandatos.
A GNR começaram a rebentar as portas e levam os haveres para tentar que as pessoas saíssem a bem das casas, mas a população se mostraram irredutíveis.
Então no dia 10 de julho a GNR entraram nas casas, queimaram as casas forçando os moradores a saírem das casas, poucas dezenas deles resistiram à GNR e os guardas atiraram matando-os.
Os restantes moradores fugiram para as aldeias vizinhas, para trás ficou uma aldeia destruída e a recordação do banho de sangue que a GNR deixou.


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