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Hoje
iremos falar de um crime que pelos seu mediatismo na época virou
livro, que se trata do crime de Serrazes, um crime envolvendo a
família Malafaia, uma família importante que já era conhecida
desde do século XIII.
A
família Malafaia era uma família muito importante da zona de São
Pedro do Sul e de Arouca, eram conhecidos por terem um património
milionário e terem cargos importantes da alta sociedade.
Em
1917 José Bettencourt, de 25 anos, um açoriano chegou a Serrazes e
pouco tempo depois ficou noivo de Eugénia Novais, mas o Dr. Augusto
Malafaia, de 33 anos, primo de Eugénia disse que José Bettencourt
se tinha enganado na escolha na prima.
Com
a intuição de se livrar da noiva, José Bettencourt disse que
Augusto Malafaia estava a tentar ficar com o poder de Eugénia.
No
dia 26 de Junho de 1917 José Bettencourt e Fernando Novais, de 17
anos, irmão de Eugénia, foram ao Solar de Serrazes procurar Augusto
Malafaia para conversar sobre o caso.
Os
três foram para o escritório, tiveram um pequeno diálogo e beberam
um sumo de laranja, de repente Fernando e José pegam nas suas armas
e matam Augusto com quatro tiros.
Fernando
e José saíram a correr do solar em direção ao automóvel para
fugir para a estação de comboio, mas os trabalhadores da
propriedade impediram a fuga dos dois homens, os trabalhadores foram
para cima deles com o objetivo de os matar mas Eugénia impede.
Durante
o julgamento foi revelado que a conversa que os três tiveram antes
do assassinato foi porque Augusto tentou violar Eugénia por motivo
de interesse.
Os
portugueses ficaram a favor dos criminosos mas mesmo assim os
criminosos foram condenados à pena máxima na altura, que na altura
era a prisão perpétua, os réus foram enviados para África para
cumprir a pena, mais tarde a pena foi alterada para 20 anos de
prisão.
Depois
da pena José Bettencourt casou-se com Eugénia Novais, Fernando
Novais voltou para a terra, as propriedades pertencente à família
Malafaia acabaram por ser abandonadas porque o nome da família ficou
manchada por causa do crime.
Para
mim se a tese de tentativa de violação for verdadeira a pena
deveria ter sido menor, mas se não houve a tentativa de violação a
pena deveria ter sido pior.
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