M87 Casos de Polícia - O processo dos Távoras


Hoje iremos falar de um caso que ocorreu no século XVIII que envolveu o rei de Portugal da época, que se trata do processo dos Távoras.
Em 1758 a nobreza estava dividida por causa das atitudes do Marquês de Pombal à velha nobreza, alguns nobres só viam uma solução que era matar o rei Dom José I e colocar no trono o duque de Aveiro e esses nobres sabiam que o rei e Teresa Leonor, mulher de Luís Bernardo herdeiro do marquês de Távora, eram amantes.




Na noite de 3 de Setembro o rei regressava ao seu acampamento depois de uma noite com a sua amante e no caminho aproximaram três homens da carruagem que estava o rei e dispararam sobre os tripulantes da carruagem que logo fugiram do local sem verificar se tinham feito vítimas, Dom José I ficou ferido num braço e o condutou também foi ferido, ambos voltaram ao acampamento.
Na manhã de 4 de Setembro o rei reuniu com o marquês de pombal a tentar saber quem tinha ordenado o ataque, primeiro suspeitaram de algum membro da família real, mas logo descartaram essa hipótese, depois colocaram a hipótese de ser conspirado por vários nobres e logo de seguida o marquês de Pombal ordenou aos militares que investigassem, mantendo os ferimentos do rei em segredo.
Alguns dias depois os militares prenderam e torturaram dois homens que confessaram que tinha recebido ordens dos Távoras e confessaram que a família pretendia colocar o duque de Aveiro no trono, no dia seguinte os prisioneiros foram enforcados.
Alguns dias depois o regicídio é tornado público.
Durante as semanas seguintes mais de mil pessoas foram ouvidas, só que toda a família Távora, os conspiradores, o duque de Aveiro e os genros dos Távoras, o marquês de Alorna e o conde de Atouguia foram presos com as suas famílias e o jesuíta Gabriel Malagrida também foi detido.
Em julgamento foram todos acusados de alta traição e de envolvimento no regicídio, e as provas apresentada foram as confissões dos dois homens que tinham sido enforcados, a arma do crime pertencia ao duque de Aveiro e o facto da família Távora saberem do caminho que o rei fazia para o acampamento.
E como pena foram todos condenados à morte, incluindo mulheres e crianças, a rainha Mariana e a herdeira do trono Dona Maria tentaram intervir com a condenação e conseguiram salvar a maioria dos acusados, sendo os Marqueses de Távoras, o Conde de Atouguia, Dom José Maria Távora e o Duque de Aveiro condenados à morte.


No dia 13 de Janeiro de 1759 num descampado perto de Lisboa teve lugar a execução dos condenados.
A execução foi violenta mesmo para a época, os pés e as mãos dos condenados foram partidas com paus, as cabeças decapitadas e os seus corpos queimados, a assistir estava o rei e a sua corte, a violência da execução foi um exemplo dada pelo rei para os restantes nobres que se opõem contra ele, no final da execução as cinzas dos condenados foram deitadas ao Rio Tejo.
Em 1761 o jesuíta Gabriel Malagrida foi executado por ordem do Marquês de Pombal.
Em 1781 os restantes prisioneiros foram declarados inocentes e soltos.
Nos dias de hoje alguns historiadores dizem que os Távoras não tiveram culpa nenhuma.


Uma das minhas opiniões é que o único e verdadeiro responsável foi o duque de Aveiro e que os Távoras estavam inocentes e foram colocados na acusação por ordem do Marquês de Pombal que via os Távoras como uma oposição no seu governo.
A outra é que o Marquês de Pombal sabia que o rei tinha uma amante e que se tratava da mulher do herdeiro do Marquês de Távora e ordenou a três homens que atacassem a carruagem sem matar ninguém e assim aconteceu o rei foi ferido os homens foram apanhados e executados, o marquês de Pombal acusou os Távoras que foram executados.

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