História de Portugal - D. Dinis, o Lavrador 2ª parte


Por diversas ocasiões D. Dinis fez o Castelo de Leiria como casa e em 1300 doou o castelo à sua esposa D. Isabel.


Em 1283, D. Dinis escreve uma carta a anular as doações e privilégios que fez até à data que escreveu a carta, recuperando os mosteiros que ele doou, anulou estes privilégios e as doações por causa da sua idade imatura, com esta carta muitas famílias nobres desapareceram.
D. Dinis decidiu investir na cultura de Portugal.
Em 1286, o bispo de Évora fundou o Colégio dos Santos Elói, Paulo e Clemente conhecido por Hospital de São Paulo, para ensinar gramática, lógica e medicina.
Em 1290, D. Dinis fundou uma instituição de ensino chamado o Estudo Geral, em Lisboa, para ensinar artes, direito civil, direito canónico e medicina.
Em 1308, o Estudo Geral foi transferido para Coimbra, mais tarde foi designada universidade.



Em 1290, D. Dinis declara a língua galego-portuguesa como língua oficial do Reino de Portugal, sendo o seu uso estendido às fórmulas da prosa notarial.
D. Dinis distribuiu terras sem donos para aumentar a agricultura e criou várias zonas rurais, para aumentar a comunidade religiosas e agrícolas.
Portugal era conhecido por um reino exportador devido aos produtos em excesso que enviava para outros reinos, entre eles cereais, vinho, azeite, sal, peixe salgado e fruta seca.
Com o aumento comercial houve um aumento de feiras.


Mas os últimos anos do reinado de D. Dinis foi marcado pelo conflito interno com o seu futuro herdeiro D. Afonso IV, porque este receava que perdesse o trono para o filho bastardo, D. Afonso Sanches.
Em 1319, D. Afonso IV revolta-se com D. Dinis porque este não tinha abdicado do trono e com tropas do norte do país entra com violência a Coimbra e depois toma Leiria.
D. Dinis dirige-se para Leiria mas Afonso desloca-se para Santarém, depois volta para Coimbra e em 1321 toma Montemor-o-Velho, Santa Maria da Feira, Vila Nova de Gaia, Porto e Guimarães.
D. Isabel foi ao norte do país para convencer o filho que a rebeldia não era necessária, mas sem sucesso.
Em Coimbra, pai e filho se encontraram, D. Isabel tentou mais uma vez impedir a batalha, mas não teve efeito, a batalha começou numa ponte sobre o Rio Mondego e em Maio de 1322 a paz estabelecida.
Nesse mesmo ano D. Dinis sofreu um acidente vascular cerebral ficando debilitado.
Mas essa paz não seria muito duradoura, porque os conselheiros e aristocratas convenceram o rei a trazer o filho bastardo de regresso para Portugal, isso levou a Afonso a voltar-se contra o pai e este dirigiu-se para Lisboa para tentar surpreender o meio-irmão mas D. Dinis impede proibindo Afonso de entrar na cidade e foi ai que pai e filho se enfrentaram outra vez na Batalha de Alvalade, para evitar um desfecho trágico D. Isabel intervém diretamente na batalha, ao implorar que parassem de combater, a batalha acabou nesse momento, em 1324 pai e filho fizeram as pazes definitiva.
No ano seguinte D. Dinis acabou por morrer sendo sepultado no Mosteiro Medieval de S. Dinis, em Odivelas.




Marcos Martins

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