Personalidades - Aristides de Sousa Mendes


Hoje iremos falar de Aristides de Sousa Mendes, o homem que desafiou o Estado Novo ao salvar milhares de judeus do holocausto.
Aristides de Sousa Mendes nasceu em 1885, na aldeia de Cabanas do Viriato, no concelho de Carregal do Sal, no sul do distrito de Viseu, ele era de uma família muito importante da zona, o seu bisavô foi o ultimo Visconde de Midões.
Em 1907, concluiu a licenciatura de Direito na Universidade de Coimbra e foi viver para Lisboa, para trabalhar na carreira consular, no inicio da carreira atuou em Zanzibar, Brasil, Espanha, Estados Unidos e Bélgica.
Aristides teve vários conflitos e incidentes com vários regimes políticos, em 1917, foi admoestado por ter abandonado o seu posto em Zanzibar sem autorização, em 1919, foi posto no Brasil e foi suspenso por dois anos, devido a comportamento contra a republica.
Em 1938, depois de estar nove anos num consulado na Bélgica, Salazar nomeia Aristides para cônsul de Bordéus.


Mas em 1939, começou a segunda guerra mundial, nesse mesmo ano entram em Portugal cerca de 8900 cidadãos estrangeiros com documentos e declarações ilegais concedidos por vários consulados portugueses, para impedir mais casos, o governo português lança uma lei a impedir a entrada de um grande número de estrangeiros, para entrar no país, as documentações precisavam de ser consultado pelo governo para serem aprovados.
Poucos dias depois, Aristides passa um visto a Arnold Wizniter, um judeu austríaco e antigo professor universitário, sem autorização do Ministério dos negócios estrangeiros, Aristides reconhece o erro justificando como sendo um ato justificado.


Em 1940, a Alemanha invade a França, Aristides começa a passar vistos a judeus para salvar do Holocausto, só em três dias e três noites passou milhares de vistos.
Diz-se que até ao fim da guerra Aristides passou cerca de dez mil vistos a judeus mas outros dizem que o número de vistos foi muito inferior.
Em 1954, Aristides de Sousa Mendes morreu cheio de dividas e abandonado pelo filho, acompanhado por uma sobrinha.
Só a partir de 1986, a família de Aristides de Sousa Mendes recebeu um pedido de desculpas do governo português e passou a ser homenageado pelo governo.
Em 2024, foi inaugurado um museu em memória de Aristides de Sousa Mendes, na casa onde ele nasceu.

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