Esta Revolução ocorreu alguns anos após final da Guerra Civil, durante o intervalo da Guerra Civil e a Revolução da Maria da Fonte, os absolutistas e os liberais andavam a causar vários incidentes e arruaças, porque os portugueses não aprovavam as leis do governo da altura.
Em 22 de Março de 1846, em Fontarcada, nos arredores da Póvoa do Lanhoso, alguns habitantes em maioria mulheres procederam ao enterro de uma idosa, sem pagar as taxas, sem autorização da Junta de Saúde e contrariando as normas legais, com esta ilegalidade as autoridades decidiram intervir.
O comissário de saúde foi chamado ao cemitério, ao chegar ao local os populares agrediram o comissário, o enterro foi feito sem acompanhamento religioso, porque o padre recusou o enterro devido aos desacatos, contrariando a vontade da população.
As autoridades, ao notar que as mulheres estavam revoltadas, decidiram recuar para minimizar os incidentes.
Dois dias depois, as autoridades decidiram ir à aldeia para prender as cabecilhas da revolta e exumar o corpo, quando chegaram ao local, as autoridades foram recebidas à pedrada e a população estava armada com foices, chuços e varas, as autoridades abandonaram a ideia de exumar o corpo e detiveram as quatro cabecilhas da revolta do dia do enterro.
No dia 27 de Março, as mulheres iam ser apresentadas ao juiz, a população se reuniu junto ao cruzeiro de Fontarcada e avançaram para a Póvoa do Lanhoso, na frente iam mulheres e por trás iam os homens, este grupo iam armados com alfaias agrícolas e machadas.
Quando chegaram ao local onde as mulheres estavam presas, Maria Angelina, uma das mulheres que estava à frente do grupo, mandou uma machadada na porta da cadeia, depois alguns homens conseguiram arrombar a porta e entraram na prisão, libertando as mulheres.
Não conseguindo identificar a mulher que começou a invasão da cadeia, as autoridades decidiram chamar-lhe Maria da Fonte.
Depois deste acontecimento, as revoltas espalharam-se pelo norte de Portugal, posteriormente as beiras e estremadura decidiram revoltarem-se contra as autoridades, quem se aproveitou dessas revoltas foram os absolutistas que nunca aceitaram a sua derrota, muitos deles estavam exilados e voltaram para Portugal para tentar voltar ao poder.
Costa Cabral, presidente do conselho de ministros de Portugal, mandou suspender as garantias constitucionais e enviou o irmão para o Porto, com o objetivo de acalmar a população, mas sem efeito, com este cenário, alguns dos aliados viraram-se contra o líder do governo aliando-se aos revolucionários.
D. Maria II decide demitir o governo e exilar Costa Cabral e o irmão, depois nomeou o Duque de Palmela para liderar o governo dando assim um ponto final da Revolução da Maria da Fonte.



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