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Durante alguns anos Zé do Telhado manteve-se escondido no Porto, nesse tempo não tinha cometido mais nenhum crime, mas em 1857, Zé do Telhado regressa à sua casa para organizar uma nova quadrilha mas antes de chegar a casa Zé do Telhado pernoitou numa estalagem de um casal amigo, as autoridades que secretamente estavam a perseguir Zé do Telhado, cercam a estalagem e detêm o antigo chefe da quadrilha.
Zé do Telhado é levado para os calabouços da Cadeia de Relação do Porto, sendo acusado de ferir a tiro um regedor, mas em tribunal o próprio regedor disse que não tinha visto quem tinha sido o atirador, com estas informações Zé do Telhado foi libertado.
Dois anos depois, Zé do Telhado conseguiu juntar algumas pessoas, entre elas destacavam-se alguns padres e nobres, Zé do Telhado nomeou alguns subcomandantes para liderar uma equipa, depois disso a quadrilha começam a assaltar casas.
Em 19 de Março de 1859, dois subcomandantes já tinha um novo alvo para assaltar, que se tratava na casa um padre, no concelho de Felgueiras, a quadrilha aguardavam que anoitecesse e o padre fosse para os seus aposentos, mais tarde o padre foi para o interior da casa e começou as suas orações, a quadrilha desceram o monte e atacaram a casa, os cães começaram a ladrar e uma sobrinha do padre que estava no interior ao notar que eles estavam a assaltar a casa começou a gritar, o padre suspende a oração e pega numa arma que possuía para se defender e começa a disparar contra um dos homens da quadrilha mas falha o homem também dispara e o padre esquiva-se, enquanto isso os outros elementos furtavam ouro e prata da casa, ao ouvir esta troca de tiros os membros da quadrilha voltam para junto do homem que estava a atirar e manda-o retirar-se, no exterior a população estava a gritar, a quadrilha fugiram, mas para trás disparavam para defenderem-se, acertando dois homens deixando feridos.
Um mês depois, dois membros, com medo de serem presos, foram ás autoridades dizer que sabiam do plano de fuga de Zé do Telhado para o Brasil e entregaram a localização e a hora que Zé do Telhado ia partir para o Brasil.
As autoridades foram ao local e detiveram Zé do Telhado, este foi levado de volta para a Cadeia de Relação do Porto.
No julgamento, o juiz ouviu várias testemunhas e depois de ouvir as testemunhas e os membros da quadrilha a maioria das pessoas pensavam que ele ia ser condenado à pena máxima, que na altura era a pena de morte mas o juiz condenou-o ao exílio perpétuo em Angola.
Durante a época que esteve preso em Portugal Zé do Telhado fez amizade com Camilo Castelo Branco, que também estava preso, chegando a ser guarda-costas do escritor na prisão.
Em Angola, Zé do Telhado recorreu da condenação e a pena foi reduzida para 15 anos.
Durante o resto da sua vida se tornou comerciante de cera, borracha e marfim, chegou a casar-se e teve três filhos.
Em 1875, Zé do Telhado acabou por morrer sendo vítima de varíola.
Para mim, quando a Guerra Civil acabou, os liberais em vez de expulsar os absolutistas, deveriam dar uma segunda oportunidade, isso evitaria a Revolução da Maria da Fonte, a pobreza após a revolução e possivelmente à expulsão do exercito, o que poderia evitar os assaltos.
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